Região – Depois de dias incessantes de chuva, a hora é de tentar reconstruir o que foi perdido e calcular o prejuízo. Nesse sentido, prefeituras dos vales do Sinos e Paranhana estipulam o que precisa ser feito e o quanto será necessário desembolsar para cada cidade.
Como a cidade mais afetada do Vale do Sinos, Campo Bom terá um caminho difícil a ser trilhado em um futuro próximo. Setores públicos e privados estão entre os endereços afetados, e serão intensos os esforços para superar esse momento de adversidade.
De maneira inicial, a Prefeitura de Campo Bom estima que a soma de todos os prejuízos causados pela enchente alcancem o valor de R$ 44 milhões. Somente no aspecto moradias, o cálculo é de que mais de 1,5 mil casas foram afetadas pelas cheias do Rio dos Sinos, parcial ou totalmente.
Falando em prédios públicos, seis escolas municipais, uma unidade de saúde, a sede da Secretaria de Obras e outras edificações, como associações esportivas, o Parque do Trabalhador e o Balneário Chico Mendes, tiveram prejuízos, especialmente no quesito equipamentos e materiais. A cidade também registrou desmoronamento de encosta em um trecho da Avenida dos Municípios, e um projeto para conserto será elaborado.
Além disso, o município registrou danos em vias públicas, sendo o maior problema na Estrada Pio XII, no bairro Barrinha, que fica ao lado do Rio dos Sinos.
R$ 80 mi em taquara
Em Taquara, o setor da agricultura foi de longe o mais afetado. Calcula-se que os prejuízos estejam na casa dos R$ 65 milhões, afetando de forma direta e principal as plantações de hortaliças, arroz, milho e aipim.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Gilson Redin, detalha que será um longo processo de retomada ao setor. Certamente serão anos para recuperar a capacidade de produção dos solos que tiveram a erosão da camada produtiva. Acrescentam-se a todas estas perdas, os problemas de estradas, pontes e bueiros que foram grandemente danificadas”, conclui.
Duas escolas, quase 3 mil unidades habitacionais, comércios e indústrias também constam na lista de locais assolados pela chuva entre o fim de abril e início de maio em Taquara. Ao todo, são R$ 80 milhões em danos sofridos pela cidade.
Estragos em rolante
Ainda falando de Vale do Paranhana, Rolante mensura que de R$ 25 a R$ 30 milhões terão que ser investidos na reconstrução da cidade. “Sem falar, lógico, da questão privada, cada empresa teve seu prejuízo. Só a questão pública, de recursos que vamos precisar para voltar a ter uma normalidade, em torno disso, R$ 25 a R$ 30 milhões”, diz o prefeito Pedro Rippel. Entres os registros, a cidade teve problemas gerais em infraestrutura pública.
Três Coroas
Três Coroas estima que R$ 15 milhões terão que ser investidos em estradas, gabiões, pontes e semelhantes. No quesito habitação, residências que ficaram em estado crítico pós-chuva, o município já trabalha para contornar essa situação. “Já temos áreas disponíveis. Estamos com todas elas levantadas, inclusive com as matrículas já atualizadas, prontas para cadastrar em qualquer tipo de programa que vier”, comenta o secretário Municipal de Planejamento, Fabiel Sturm.
Outra situação em análise diz respeito ao QG dos Bombeiros Voluntários. O endereço então utilizado foi devastado pelas enchentes e, por isso, corporação e prefeitura discutem uma nova base.
Última atualização 23/05, às 08h50