Região – O Rio Grande do Sul já alcançou a marca de 162 mil casos confirmados de dengue. Além disso, o RS chegou a marca de 251 óbitos pela doença.
Mesmo em períodos de enchentes, o cuidado com Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da dengue, não pode ser esquecido. Essa máxima vale para todo o estado, incluindo os vales do Sinos e Paranhana.
A região tem índices altos de contágio. No Vale do Sinos, por exemplo, o monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde e do Ministério da Saúde permitiu que as cidades da região recebessem um novo aliado contra a doença: a vacina.
“O Vale do Sinos já recebeu a vacina da dengue nos quantitativos enviados pelo Ministério da Saúde e conforme a nota técnica da pasta”, manifestou a Pasta do Estado. Por conta de critérios estaduais e federais, a região do Paranhana ainda não foi contemplada com o imunizante.
Na região de abrangência do Grupo Repercussão, Parobé é o município com o maior número de casos do Vale do Paranhana, alcançando quase 900 casos confirmados da doença. No Vale do Sinos, Campo Bom é o município em situação mais alarmante: 4764 casos de dengue. A cidade, inclusive, é a quarta do RS em confirmações da doença, atrás apenas de Santa Rosa, Novo Hamburgo e São Leopoldo. Os dados da matéria foram computados até as 16h30 de quarta-feira (19).
Zonas mais afetadas
Em Campo Bom, os bairros Paulista e Metzler são os endereços com maior incidência da dengue, e isso exige um acompanhamento maior. “Ali o trabalho segue intenso desde o início”, revela a secretária Municipal de Saúde, Luana Schnorr. No município, a vacinação já está em andamento e disponível em todas as unidades de saúde, para pessoas entre 10 e 14 anos.
Inseticidas
A 4ª cidade mais contaminada do RS comemora o registro zerado de óbitos, mas os trabalhos não cessam por isso. “Vamos seguir fazendo todo o nosso trabalho de vistoria e aplicação dos produtos, mas cada um cuidar do seu pátio é fundamental”, diz Luana.
Os trabalhos da vigilância sanitária seguem normativas estaduais. Exemplo disso é a aplicação dos inseticidas Cielo, em áreas e bairros com maior registro de casos, ou do BT-1, nas casas com incidência da doença e mediante a autorização dos residentes.
Para além dessas atividades que dependem diretamente do envio de produtos do Governo do Estado, Campo Bom realiza a aplicação do Larvicida. Para uso deste inseticida em específico, a prefeitura realiza a compra de frascos com o líquido e aplica o mesmo em pontos de água parada elimina as larvas do mosquito antes que ele se desenvolva.
REORIENTAÇÃO DO ESTADO AOS MUNICÍPIOS DEVIDO A CATÁSTROFE
O Governo do Estado tem apresentado algumas atividades a serem adotadas dentro do tema, levando em consideração, também, as recentes inundações. Os municípios atingidos pelos desastres foram orientados a reorganizar as atividades do programa para contemplar as novas áreas de importância para vigilância e combate à doença.
Dentro desta premissa, consta a atualização dos “PEs”, os Pontos Estratégicos, que necessitam de monitoramento especial e controle químico com inseticida residual. Isso se faz necessário pela possibilidade de novos pontos críticos terem surgido diante dos recentes episódios.
Além disso, foi indicado às cidades que realizem monitoramento vetorial especial em abrigos. Esta ação visa monitorar a densidade populacional de Aedes de maneira semanal com armadilhas de oviposição (Ovitrampas) nas quais podemos estimar a densidade populacional de mosquitos pela quantidade de ovos colocados nas armadilhas. O Estado reconhece que, com uma frente fria típica desta época do ano, o número de casos pode baixar, mas reitera que os cuidados devem ser mantidos pelos órgãos públicos e pela comunidade.